Cartas Abertas aos Nossos Novos Senhores
- Edição Janeiro 2004
- Colecção
- ISBN 978-972-662-950-4
- Páginas 184
- Dimensões 0 x 0
«O conformismo mudou. Deixou de ser o velho conformismo burguês e passou a ser uma variante do «politicamente correcto». É apanágio dos senhores do momento: gays, feministas, comunitaristas, cruzados do movimento antiglobalização, apóstolos do populismo - entre outros.
O seu discurso é omnipresente, as suas exigências triunfam, os seus fantasmas passaram a fazer parte do imaginário colectivo. A sociedade abdicou perante eles, como outrora se curvou perante as classes dirigentes. Surpreendente mudança de perspectiva: a ideologia que se tornou dominante foi a dos que têm a inteligência de se apresentar como dominados.
«Nem Deus nem senhor»: por que razão não se aplicará o mais belo dos princípios aos nossos novos senhores? Porque escapam eles a qualquer interpelação? Por que razão a exibição dos sofrimentos passados ou da marginalização de outrora deverá deixá-los ao abrigo das críticas que, a justo título, nos fizeram a nós?
Dez cartas abertas aos nossos novos senhores para pôr fim a esse silêncio de chumbo.»
ALAIN MINC