Depois de Kenneth Clark e do seu Civilização, Mary Beard quer ir mais longe: não só desvia o foco do «génio» criador para o consumidor, como confere às mulheres a dose de protagonismo que merecem na história da «civilização».
E não se fica pela Europa, conduz-nos a outros lugares e culturas, assentando na ideia de que não há, nem pode haver, uma narrativa única da arte e da cultura no mundo. Por isso, inclui e interpreta a diferença.
Do princípio ao fim, paira a questão: o que é a civilização? Kenneth Clark não arriscou uma definição, quando se lançou na aventura de a abordar pelo prisma da arte. «Mas penso conseguir reconhecê-la quando a vejo», disse. Já Mary Beard confere uma resposta que contém uma imensidão em pouquíssimas palavras.